quinta-feira, 31 de julho de 2008

MAIS UM NO OVERMUNDO

Postei mais um texto no Overmundo. Se quiser ver clique aqui. Isso não significa que não continuarei a postar aqui, ok?

OBRIGADO!

Com 85 votos em menos de 48 horas, o texto de Lampião foi incluído no Overmundo em definitivo. Para quem votou e me ajudou, meu muito obrigado! Te cuida, Paulo Coelho!

CARTAZES DESMOTIVACIONAIS 2

quarta-feira, 30 de julho de 2008

CARTAZES DESMOTIVACIONAIS 1

RESULTADO SOBRE ENQUETE DOS MUSEUS

Ó decepção e amargura! A ASCO (Análises Sociais do COnsiglieire) me entregou agora o resultado da pesquisa sobre museus e exposições em São Paulo. Dos 21 votantes, somente 1 foi a um museu em até 7 dias antes de responder e 1 no período de 1 a 3 meses. O resto, faz mais de 3 meses que não vai a um espaço cultural de Sampa, sendo que para 12, esse período é superior a 6 meses. Para minha supresa, 88% dos respondentes já foram ver o Deixa que eu empurro do Ibirapuera.

São Paulo possui 58 museus. Os 10 mais visitados são:

  1. MASP
  2. PINACOTECA DO ESTADO
  3. MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA
  4. MUSEU PAULISTA (MUSEU DO IPIRANGA)
  5. MEMORIAL DA AMERICA LATINA
  6. MUSEU PADRE ANCHIETA (PÁTEO DO COLÉGIO)
  7. MAC (MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA)
  8. MUSEU DA CASA BRASILEIRA
  9. MUSEU DE ARTE BRASILEIRA (FAAP)
  10. MUBE (MUSEU BRASILEIRO DE ESCULTURA)
Entre no site São Paulo Museus, escolha o seu e faça um favor a si mesmo. Veja o que esta cidade tem de bom. Não passe o domingo vendo XV de Piracicaba versus Bangu, direto de Limeira. Contenha aquela compulsão em ver o Faustão. Saia! E conte aqui o que viu!

PÁLIDO PONTO AZUL

Prepare seu lenço. Este filme foi produzido por David Fu da Pale Blue Films (www.palebluefilms.com) com texto e narração do astrônomo Carl Sagan, com cenas de N filmes e música de Mogwai. Veja até o fim. É belíssimo.


terça-feira, 29 de julho de 2008

TORCER OU TEMER?

Outro dia, aqui no Blog, meu tio (o Suannes do Circus do Suannes, registrado nos blogs recomendados), me desafiou para um duelo porque eu disse que não gostei de Sin City, o filme. Explico: tenho TODOS os gibis do Sin City aqui e são maravilhosos. Grande leitura, linguagem primorosa e um belíssimo trabalho artístico em preto-e-branco. Quando Frank Miller (o autor) e Robert Rodrigues (o diretor) resolveram transpor para a tela exatamente igual ao quadrinho, eu acho que a coisa desandou. Isso porque as linguagens são diferentes. Você ler balõezinhos com o que o personagem pensa é divertido. Assistir duas horas de voice-over (quando você OUVE o que o personagem pensa) é muito cansativo. Pense bem, porque os X-Men tem uniformes coloridos nos gibis e preto nos filmes? Porque é ridículo vê-los de colant colorido em carne-e-osso. O gibi necessita de cores, de algo que os diferencie. A telona não. É só prestar atenção no uniforme do Superman nos filmes. Por Tutatis, o cara ainda usa cueca em cima da calça (dizem que é porque perdeu no braço-de-ferro para o Chuck Norris, mas isso é outra história)! Até agora, a maioria dos filmes de heróis tem sido mais pé no chão e levado uma realidade fantasiosa em consideração. E no ano que vem, teremos mais um filme que promete surpreender para o bem ou para o mal. E aqui começa o post:

Em 1985, a DC Comics pretendia fazer uma mini-série com personagens da então extinta e adquirida Charlton Comics (que possuía o Besouro Azul - este uma cópia do Batman, o Questão, o Pacificador, o Capitão Átomo, entre outros). Chamou um rapaz louco, neurótico e genial chamado Alan Moore (o barbudo ao lado) para escrevê-la, mas Moore veio com uma história apocalíptica, num EUA alternativo onde Nixon ainda era presidente e a Guerra Fria continuava à toda, quase à beira da catástrofe atômica. A história era boa demais, mas a DC tinha planos para aqueles velhos personagens, então deram sinal verde para uma série, mas com personagens inéditos. E eis que surgem os Watchmen (Vigilantes, em inglês).

Violento e realista, Watchmen é considerada a melhor série de quadrinhos já publicadas até hoje e redefiniu os rumos desta arte, consagrando seu autor e o desenhista (o simpátivo Dave Gibbons). Imagine um mundo onde pessoas se vestem de uniformes (sem poderes) e saem às ruas para fazer justiça, desde os anos 40. Na década de 60 surge um super-herói, em um acidente num laboratório (o Dr. Manhattan, o cara azul que você verá em breve). Com ele, os EUA ganham a guerra do Vietnã e Nixon se mantém no poder. Os anos 70, porém reserva uma surpresa, o Congresso vota uma lei que proíbe o vigilantismo (o povo protestava contra os mascarados, pixando Who watches the Watchmen? - quem vigia os vigilantes - nas paredes). Os anos passam e esses heróis, já aposentados, começam a ser mortos (os caras da Pixar beberam dessa fonte em Os Incríveis), mas havia algo muito maior por trás. E o mais renegado dos heróis, Rorshach - um mascarado paranóico, começa a investigar.

A mini-série em quadrinhos teve 12 capítulos. Disputei quase à tapa, o último exemplar com um amigo, porque a banca de jornal onde estávamos (em Ubatuba) só tinha um. E já li e reli mais de 15 vezes.

Obviamente que uma idéia assim, deveria virar filme. Começou com um projeto de Terry Gillian (ex-Monty Python, diretor de Brazil, o Filme; O Pescador de Ilusões, 12 Macacos etc.), mas este considerou o enredo tão complexo que sugeriu transformá-lo em uma série de TV de 5 horas de duração. Foi gongado. Passou na mão de mais alguns diretores e finalmente foi dado a Zack Snyder que fez, brilhantemente, outra adaptação de gibi: 300 de Esparta. O filme sai no ano que vem. Ontem consegui o trailer e fiquei impressionado e assustado. Um site de nerds o considerou um felatio for the eyes. Para quem já leu a série, as cenas mostradas são perfeitas (e, na minha opinião, o trailer parece ter sido feito para calar a boca dos nerds fanáticos). Aproveitei para escanear alguns quadrinhos para que você possa comparar ao trailer e entender o que estou falando..

Só que me dá um pouco de medo. Watchmen é complexo mesmo. Tem muitos flashbacks, muitas histórias paralelas e o gibi trazia reportagens de jornais e revistas com os personagens, fichas psicológicas, trechos de livros que algum personagem escreveu e assim por diante. Era quase um documentário. Além disso, cortando todo o enredo, havia um quadrinho dentro do quadrinho (pura metalinguagem). Um moleque lia um gibi chamado Contos do Cargueiro Negro e você lia essa história enquanto via o que acontecia com os heróis. Snyder já disse que isso não vai aparecer no filme e sim na versão para o DVD. Enfim, poderá ser uma grande obra ou uma grande decepção. Vale ressaltar que Alan Moore não permite que NADA do que ele escreve seja filmado (especialmente depois de detonarem a Liga Extraordinária), mas como os direitos não são dele e sim da DC (do grupo Warner) o filme está sendo feito. Ele já disse que nunca vai assistir, nem dar apoio ao lançamento. Dave Gibbons, porém participou dos desenhos de produção. Assim, enquanto março de 2009 não vem, fiquemos com o trailer.

O cartaz do filme versus a capa do primeiro número:


Algumas coisas que você vai ver no trailer (na ordem que aparecem):



E finalmente, o trailer:

segunda-feira, 28 de julho de 2008

OVERMUNDO

Existe um site bem legal chamado Overmundo, onde é possível publicar reportagens, resenhas, críticas, crônicas, poemas e muito mais para que outros internautas comentem, sugirem coisas e consagrem (ou não) seu texto.

Resolvi colocar o texto sobre Lampião neste site, com novo nome (veja aqui: http://www.overmundo.com.br/overblog/lampiao-e-o-faroeste-brasileiro). Ele ficará por 48 horas em fase de edição (ou seja, as pessoas podem meter o bedelho e, graças aos céus, assim o fizeram, por isso alterei a chamada para algo mais sério). Depois disso, ele entra em votação. Se atingir não sei quantos votos, é publicado definitivamente lá.

Sendo assim, você, amigo e fã do Consigliere e de uma boa leitura, por favor, cadastre-se no Overmundo e colabore. E acredite em mim, tem textos fantásticos lá!

LAMPIAÇO, O REI DO CANGÃO

Não vi no UOL, nem no Terra, nem na Época, mas hoje é o aniversário de 70 anos da morte de Virgulino Ferreira, o Lampião. Figura controversa e mítica, Lampião mistura todas as qualidades e defeitos do bandido heróico, do considerado Robin Hood brasileiro (pela revista Time de 1931), com uma pitada de lenda de faroeste americano. Muitos o acham um herói, outros um socialista, mas parece que a realidade não é bem assim. Lampião era bandido mesmo. Ganhava dinheiro, armas e abrigo dos "coronéis", justamente para realizar serviços contra os inimigos políticos destes. E, nessas andanças, massacrava o povão. Matava e saqueava a plebe que passou a lhe louvar.
Apesar de oficialmente afirmar que entrou para o cangaço para vingar a morte do pai, Lampião e seus irmãos já praticavam pequenos crimes antes do ocorrido. Integrou o bando de Sebastião Pereira (o Sinhô) e em pouco tempo já liderava a gangue.
Lampião era vaidoso e orgulhoso do que fazia. Usava perfume francês, tinha cartão de visita (com sua foto, inclusive) e em uma entrevista dada em Juazeiro do Norte mostrou sua verve mais, digamos, hipócrita:

- Não pretende abandonar a profissão?
(A esta pergunta Lampião respondeu com outra)
- Se o senhor estiver em um negócio, e for se dando bem com ele, pensará porventura em abandoná-lo? Pois é exatamente o meu caso. Porque vou me dando bem com este "negócio", ainda não pensei em abandoná-lo.

- Em todo o caso, espera passar a vida toda neste "negócio"?
- Não sei... talvez... preciso porém "trabalhar" ainda uns três anos. Tenho alguns "amigos" que quero visitá-los, o que ainda não fiz, esperando uma oportunidade.

- Não se comove a extorquir dinheiro e a "variar" propriedades alheias?
- Oh! mas eu nunca fiz isto. Quando preciso de algum dinheiro, mando pedir "amigavelmente" a alguns camaradas.

(Fonte: site de Vera Fereira, neta de Lampião: http://iaracaju.infonet.com.br/LAMPIAO/index.htm)

Segundo site Brasil, Mitos e Lendas de Rosane Volpato (http://www.rosanevolpatto.trd.br/LENDALAMPIAO.html): o líder e seu bando vagaram por 7 estados nordestinos. Lampião era cruel o bastante para, pessoalmente, arrancar olhos ou cortar línguas e orelhas. E mais, se encontrasse moçoilas com cabelos ou vestidos muito curtos, mandava que lhe marcassem o rosto a ferro quente. Em Bonito de Santa Fé, em 1923, ele deu início ao estupro coletivo da mulher do delegado. Vinte e cinco homens participaram da violação.

O Nordeste brasileiro daquela época não era muito diferente do que é hoje, com famílias mandando em regiões inteiras, guerras territoriais, assassinos de aluguel sendo contratados, desprezo do governo federal (Getúlio só se mexeu para acabar com o cangaço depois de MUITA pressão dos políticos nordestinos) e o povo além de viver em uma carestia tremenda, era o recheio de um sanduíche indigesto: de um lado os apertavam a polícia (os volantes) e do outro os bandidos do cangaço. Se não apanhavam de um, eram espancados pelo outro.

Não quero entrar em julgamento de valor. Acho que a figura de Lampião é importantíssima para nossa história. Ele é uma espécie de Jesse James ou Billy the Kid, versão tupiniquim. Isso porque os outros dois também eram assassinos cruéis, procurados e também considerados anti-establishment. B
illy the Kid, nas palavras de seu amigo e assassino, Pat Garret, era um rapaz que "comia e sorria, transava e sorria, matava e sorria". E, mesmo assim, é louvado até hoje. É preciso porém que seja feita uma análise menos romanceada do importante nordestino. O fato de estar aliado aos coronéis já depõe contra ele. O próprio Padim Cícero é, e isso é sabido, um político matreiro e carismático. E nem por isso deixou de virar lenda, beatificado e tudo mais.

Voltando à vaca fria, há 70 anos, numa emboscada em Angico (em Sergipe), graças a uma delação, Lampião, Maria Bonita e mais 11 cangaceiros foram massacrados pelas tropas do "macacos" do Tenente João Bezerra. O líder dos bandidos foi o primeiro a tombar. Suas cabeças foram cortadas e mostradas nas escadarias da prefeitura da cidade de Piranhas em Alagoas, sendo sepultadas somente em 1969. Uma versão do ocorrido explora que, na realidade, o delator os envenenou primeiro (urubus mortos em volta dos corpos corroborariam a hipótese). Daí a facilidade da captura. Nunca ninguém vai saber da verdade.

Acontece que, se a lenda é maior que a realidade, publica-se a lenda. E se é assim, longa vida a Lampião, o rei do cangaço. Longa vida a Maria Bonita e a Corisco. Longa vida ao legítimo faroeste brasileiro.

domingo, 27 de julho de 2008

TUDO QUE VI NO FIM-DE-SEMANA (E OLHA QUE FOI MUITO)

Roma (2a. temporada): a HBO tem fama de ser ousada em seus seriados. Desde que foi criada, parece mandar às favas os censores, os politicamente corretos e as senhoras de Santana americanas para desenvolver grandes séries e obras de indiscutível valor. Na década de 70, teve a coragem para mostrar um show do comediante George Carlin, onde este apresentava as 7 palavras proibidas de aparecer na TV (shit, piss, fuck, cunt, cocksucker, motherfucker e tits. Só por curiosidade ainda existem outras 3 consideradas auxiliares: fart, turd e twat). Produziu Deadwood, o seriado com mais palavrões na história da TV (só fuck e seus derivados foram falados 2.980 vezes), trouxe Os Sopranos, Band of Brothers e agora Mad Men.
Essa longa introdução serve para apresentar ROMA. Porque quando a HBO resolve mostrar o que era o império romano, prepare-se porque toda maledicência, tara, distorção moral e absoluta fidelidade à história. Dividida em duas temporadas, ROMA mostra a ascensão e morte de Júlio César na primeira e a guerra entre Marco Antônio e Caio Otávio (futuro César Augusto) na segunda. A grande sacada, porém foi ver essas situações históricas do ponto de vista de dois personagens reais, mas meros notas-de-rodapé da história: o correto centurião Lucius Vorenus e seu parceiro de lutas, o legionário bondoso e agressivo Titus Pullo. Outra maravilhosa criação foi utilizar atores ingleses e seus sotaques já mostram qual a posição social que ocupavam (os membros das gangues de assassinos do Aventino, espécie de máfia do porto de Roma, falam com sotaque mais puxado para cockney, típico de Liverpool e da Irlanda). É muito interessante aprender sobre as intrigas, os covardes, a política local, a condição de escravo, a condição de escravo liberto, e a sujeira que as ruas mostravam (urina, lixo e fezes em tudo quanto é lugar). Também me diverti muito com o orador oficial do império, que, na frente do Fórum, contava as notícias ao povo como um telejornal faz hoje. Detalhe: com propagandas também! Para que gosta de história, é um prato cheio. Só estranhei uma coisa paesar de todo o detalhismo: eles tratam Gália (que hoje é França) por Gália mesmo, mas citam Espanha (e não Hispânia), Portugal (ao invés de Lusitânia) e Alemanha (ao invés de Germânia). Tremendo furo! Em tempo: a capital do Império foi o maior cenário já feito para uma série de TV e pegou fogo depois.

O Balconista II: em 1994, o então desconhecido Kevin Smith produziu uma pérola moderna do cinema chamada Clerks. Custou US$ 26.000 com dinheiro emprestado da família e fez um tremendo sucesso, porque é, no mínimo, genial. Em 2006, em homenagem ao filme, Smith faz essa continuação. É divertida, engraçada, tocante, mas não chega aos pés do primeiro. Tem diálogos de chorar de rir, como a discussão entre fãs de Star Wars e de Senhor dos Anéis (Smith é fanático pelos filmes de George Lucas), tem situações extremas e engraçadíssimas como o show de bestialismo, mas faltou a novidade. Vale a pena ver. Mesmo porque tem Rosário Dawson, mas não espere muito.



Rocky Balboa: vi na TV a cabo o famoso Rocky velho e por incrível que pareça, gostei. Não sou fã do Sly, mas o cara conseguiu fazer um bom entretenimento, porque resgatou aquele Rocky do primeiro filme: o italiano bronco, tímido, deslocado e bom lutador. Nesse reencontro quis provar que idade não te mata, só te deixa mais forte e que sim, há a possibilidade de se reconquistar coisas do passado, apesar de ninguém te dar força para isso. É bem-feitinho e em alguns momentos surpreende. Pena que o cara foi mexer no vespeiro do Rambo de novo. By the way, gosto do Copland, do O Demolidor (com Wesley Snipes) e daquele filme passado nas montanhas (esqueci o nome), todos com o Stalonne. Tem que ser macho para dizer isso! Ah....o Peter Petrelli de Heroes faz o filho do Rocky.

Duro de matar 4.0: achei uma porcaria. Ri algumas vezes, mas considerei que esse retorno foi muito forçado demais, com piadinhas sem graça, um vilão sem carisma e Bruce Willis neurótico. Se Star Trek tem a maldição ds filmes ímpares, Duro de matar tem com os pares, porque o primeiro e o terceiro são ótimos. Enough said!




quinta-feira, 24 de julho de 2008

AS MULHERES VÃO ME AGRADECER!

A propaganda abaixo é para que nós, homens, repensemos algumas atitudes mais.... masculinas.




quarta-feira, 23 de julho de 2008

BATMAN

O que dizer do novo filme do Batman sem contar nada? Que tal começar que ele conseguiu se tornar o melhor filme de adaptação de super-heróis que já fizeram, superando Superman I, X-Men I&II&III, Homem-Aranha e tudo mais?

E qual o segredo para um filme desses? Muitos são os elementos:
  1. O diretor Christopher Nolan se apoiou em grandes atuações. Não existe ator fora do tom neste filme. Nunca mais, sem exagero, NINGUÉM poderá encarnar o Coringa. A morte de Heath Ledger fechou a questão. Gary Oldman faz um Gordon circunspecto, sóbrio. Aaron Eckhardt, um Harvey Dent dividido, frágil. Até Eric Roberts está bem como Sal Moroni.
  2. Você nota que os diálogos são trabalhados. Fazem sentido. Há uma farta discussão transitando psicologia e sociologia, sem cair em pieguice ou pseudo-análises profundas. Inúmeras frases brilhantes, como a sobre a relação Batman-Coringa: "This is what happens when an unstoppable force meets an immovable object".
  3. Os melhores elementos das melhores histórias de Batman estão lá (acredite, já cheguei a ter 5.000 gibis em casa): do I Believe in Harvey Dent de O Longo Dia das Bruxas (relançado em edição luxuosa - R$ 95,00) à antítese herói-vilão de A Piada Mortal aos massacres e ameaças de The Man who Laughed, primeira história do Coringa nas HQs.
  4. O respeito ao personagem, à franquia, à mitologia moderna que estes personagens representam (acha que estou exagerando? Batman é publicado há 69 anos ininterruptamente).
  5. Surpresas e falta de obviedade na história.
  6. Tensão, ação e humor permeiam todo o filme. Cheguei a sair do cinema suado.
  7. E finalmente, ótimos vilões.
Se você não viu, assista. Recuse-se a ver dublado, mesmo se seu filho quiser (vá antes e veja legendado). Além desse post, não leia mais NADA sobre o filme. Depois você pesquisa.

PS1: surgiu um boato que o próximo vilão será o Charada. Adoraria que fosse já que ele também pode ser explorado em termos psicológicos. Só que será difícil bater esta segunda parte.

PS2: permita-me colocar o fim da crítica que o site Omelete fez: "
Cansou de ler tantos elogios? Então saiba que Batman - O Cavaleiro das Trevas não é perfeito. Ele tem um defeito enorme: vai ser difícil fazer algo melhor para o personagem. Mas não impossível. Nada é impossível quando se tem dinheiro, técnica e obstinação. Boa sorte, Bruce. Boa sorte, Christopher!". Faço minha as palavras deles.

terça-feira, 22 de julho de 2008

QUEM É DANNY ELFMAN?

Lou (ou esposa), amiga de nerdice, postou num comentário que eu devo um CD do Danny Elfman a ela. Você sabe quem é Danny Elfman?

Conhece a música de abertura dos Simpons? Danny Elfman!
... o vocalista e letrista do Oingo Boingo? Danny Elfman!
... o tema de Edward Mãos-de-tesoura? Danny Elfman!
... o tema de Desperate Housewives? Danny Elfman!
... o tema de Batman (1988) e do Batman Animated Series? Danny Elfman!
... a trilha de Homem-Aranha 1 e 2? Danny Elfman!

Deu para sacar?

É o compositor favorito de Tim Burton e tirando Ed Wood e Sweeney Todd, musicou todos os filmes do diretor. O mais interessante é a história da trilha de A Fantástica Fábrica de Chocolate (versão nova): Elfman musicou os poemas que Road Dahl escreveu no livro original, preservando cada linha e cada frase. Aí gravou TODAS as vozes das músicas em casa para simplesmente mostrar ao diretor e ver se ele aprovava. Este último gostou tanto que manteve a versão demo no filme.

Góticas, sombrias, operísticas, as trilhas de Danny estão entre as melhores do cinema atualmente. Foi influenciado especialmente por Bernard Hermann (o genial compositor da trilha de Psicose) e Nino Rota (o compositor dos filmes de Felinni). Dodecafônicas (técnica de composição criada por Schoenberg em meados de 1930 que utiliza-se dos doze sons e foge do sistema tonal tradicional, bem como da harmonia tradicional), tem muito contato com as composições russas de Prokofiev, Stravinsky e Tchaikovsky.

Se quiser ouvir o que ele tem de melhor recomendo as trilhas MIB, MIB II, Spiderman, Batman, abertura de Tales from the Crypt e o já citado Charlie and the Chocolate Factory.

Só tem uma coisa que me incomoda nele. Conseguiu se casar com Bridget Fonda, umas das mulheres mais bonitas do cinema. Inteligência é o melhor afrodisíaco.

ERRATA

A gente lê para se informar, não é? Por isso, ao ler os livros do Gaspari, me deparei com novas informações que desmentem o que publiquei antes aqui.
  • Getúlio não fez seu sucessor em 45. Foi deposto por querer continuar no poder e não entregá-lo a uma democracia legítima e foi deposto por seus antigos corregilionários. Mesmo assim, continuo gostando dele.
  • Médici fez seu sucessor. Ele achava que Geisel era a melhor escolha e brigou para que o "alemão" fosse presidente. Mesmo assim, não gosto dele
Um frase de Geisel, porém me impressionou nessa história toda:
"Só num país como Brasil na situação atual eu poderia chegar a presidente da República(...) Como é que se chega ao meu nome? Ora, porque fulano é cretino, sicrano é burro, beltrano é safado! Isso é jeito?"

35 anos depois, a coisa continua a mesma com nossas escolhas para cargos eletivos.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

MAIS CDs

A greve dos Correios afetou profundamente o funcionamento deste blog e só hoje recebi 2 incríveis Cds, cada um com seu gênero e estilo:

What we´re doing é o mais recente trabalho de Samuel, aquele que foi vocalista, crooner e também cantor da famosa banda dos anos 70 Samuel & os L Jackson. Intimista, composto durante a sua recuperação de um colapso nervoso, as músicas vão retratando a melhora em seu estado de espírito e intelectual, indo de "Eu quero terceiro mandato para Lula" para "Quem mandou votar nesse sapo barbudo?", passando por obras como "Marta é mulher do povo", "Dantas é o cara", "Peraí, como assim não teve mensalão?", "Dilma, para presidente? É piada?" e ainda o grande momento funk "Dirceu e Romeu, a gente se ferrou". Só lembrando que a nova banda de Samuel, formada por 8 enfermeiros, 2 seguranças, um psiquiatra e 2 terapeutas ocupacionais foi entitulada There´s no place like home. Compre que o CD é uma loucura!


Yourself as you Are Vol.2, mostra de cara o que o líder da banda Scoundrels, Rodrigo Louro é: ruim pacas de matemática porque nunca foi lançado o volume 1, mas isso não importa. Louro, que é moreno de nascimento, fez um importante estudo das músicas tradicionais da Estônia e mesclou com rimos africanos, usando obviamente bases do neo sertanejo de Tocantins. Agora pense nisso tocado pela Filarmônica de Praga com regência de Genival Lacerda. Isto é Myself as I am, primeira e melhor faixa do CD. Depois temos Yourself as you are, Himself as he is, Ourselves as we are, Yourself as you are - part 2 (agora no plural), Theirselves as they are e ainda o bônus track Herself as she is. A renda do CD será totalmente revertida para o Lar de assistência para as contas de Rodrigo Louro. Esperemos que o volume 3 saia antes do volume 4.

domingo, 20 de julho de 2008

Resultado da Pesquisa VOCÊ ENTENDE AS MULHERES?

58 votos. 25 Homens disseram não entender. 25 Mulheres disseram não entender. 8 não identificados se perguntam se é para entender.

Com detalhada e auspiciosa análise deste surpreendente resultado, a mundialmente desconhecida empresa estatística ASCO (Análises Sociais do COnsiglieiri), divulgou hoje, em coletiva de imprensa (onde compareceram destacados membros de nosso famoso quarto poder) o seguinte relatório:

Um homem andava numa praia quando tropeçou em algo. Desenterrou e era uma lâmpada maravilhosa. Ansioso ele a esfregou e surgiu um gênio MUITO mau-humorado:

- PQP! #@$#%! Eu tiro um cochilo de 5.ooo anos e você me acorda?
- Nossa, um gênio! Eu tenho 3 desejos?
- Três, o escambau! Vou te realizar um e olha lá!

O cara pensou, pensou, pensou e disse:
- Eu quero que você construa uma ponte que vai de Santos a Le Havre! Assim, eu poderei dirigir para a França!
- Você bebeu? Fumou? Cheirou? Uma ponte que cruza TODO o Atlântico? Você tem idéia da engenharia disso? Do trabalho que vai dar? É praticamente impossível, o idiota! Pode pensar em outra coisa.

E aí o cara pensou, pensou, pensou e finalmente:
- Eu quero poder entender as mulheres!

O gênio parou, ficou meio sem graça e ruborizado falou:
- Amigão....quantas pistas você está imaginando na sua ponte?

HEROES - 2a. Temporada

Assisti a primeira temporada de Heroes alguns meses antes de estrear em telas brasileiras, graças a uma amiga que me entregou os 11 primeiros epísódios puxados da internet. Lembro que comecei a ver às 21h e terminei às 3 da matina, extasiado pela linguagem, pelos personagens e pela narrativa.

Primeiramente o seriado tem uma assinatura que todo nerd leitor de quadrinhos reconhece e louva. Um dos produtores é Jeph Loeb, na minha modesta opinião, um dos melhores roteiristas de quadrinhos mainstream da atualidade. Loeb, em companhia de Tim Sale, humanizou super-heróis em mi-séries como Hulk:Cinza, Homem-Aranha:Vermelho, Demolidor:Amarelo; e ainda as sensacionais séries de Batman Dia das Bruxas. Também escreveu uma das melhores minisérie do Superman, 4 Estações. E você vê muito desse toque humanista na série e na concepção dos personagens. Já seu parceiro, Tim Sale é o autor dos quadros de Isaac Mendes, o pintor que se drogava para ver o futuro e reproduzir as imagens em telas (um dos melhores personagens de HEROES, infelizmente, morto).

Assim, é lógico que eu queria ver a segunda temporada. Só que, infelizmente, as coisas não foram as mesmas.

Originalmente, ela começaria com 6 episódios (depois 12) chamado de HEROES:ORIGINS. Aí veio a greve de roteiristas e o projeto foi engavetado e a série saiu dos eixos. A temporada só tem 11 episódios, a trama geral é fraca, os novos personagens são ridículos (a dominicana que mata ao ficar nervosa é digna dos pulps da década de 60), mesmo Hiro Nakamura está chato e Peter Petrelli, caricato. Tudo isso sem contar as inúmeras forssações de barra no roteiro, como o que rola com o Sr. Bennet, o poder do sangue de Claire ou ainda mais um futuro apocalíptico despontando.

Obviamente que nem tudo de se estraga. Existem coisas legais como o pai de Parkman, a dubialidade da COMPANHIA, a narrativa não linear (o primeiro episódio se chama 4 Meses Depois e e o oitavo 4 Meses Atrás) e, obviamente, Sylar.

O criador da série, Tim Kring, chegou a pedir desculpas publicamente pela decepção causada por essa segunda temporada. Segundo ele os romances e a falta de adrenalina foram um erro grave.

Em setembro estréia a terceira temporada nos EUA e se chamará HEROES: VILLAINS. Pelos teasers e comentários vai mostrar um pedaço da COMPANHIA que guardava vilões e esses conseguem escapar. Também veremos que alguns heróis de hoje vão se tornar vilões no futuro (eita gente para querer botar futuro de novo). Esperemos e torçamos para alguém salvar a cheerleader e salvar a série!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

BOM FIM DE SEMANA


(Foram poucos posts, mas na semana que vem falarei de Danny Elfman e das 2a.temporadas de Heroes e Roma.)

QUEM VOCÊ VOTA PARA O EMMY?

Saiu a lista de concorrentes do EMMY, maior prêmio da TV americana. Mad Men e 30rd Rock lideram em indicações. Quero saber seu voto. quem você escolheria para ganhar o prêmio? A minha escolha está com um "x".

Série Drama
Justiça sem Limites
Damages
Dexter
House
Lost
Mad Men x


Série de comédia
30 Rock
Segura a Onda
Entourage
The Office
Two And A Half Men x

Melhor ator em série de comédia
Alec Baldwin, por 30 Rock
Tony Shalhoub, por Monk
Lee Pace, por Pushing Daisies
Steve Carell, por The Office x
Charlie Sheen, por Two And A Half Men

Melhor ator em série de drama
James Spader, por Justiça sem Limites
Bryan Cranston, por Breaking Bad
Michael C. Hall, por Dexter
Hugh Laurie, por House x
Gabriel Byrne, por Em Terapia
Jon Hamm, por Mad Men

Melhor atriz em série de comédia
Tina Fey, por 30 Rock
Christina Applegate, por Samantha Who?
Julia Louis-Dreyfus, por The New Adventures Of Old Christine
America Ferrera, por Ugly Betty
Mary-Louise Parker, por Weeds x

Melhor atriz em série de drama
Sally Field, por Brothers & Sisters x
Glenn Close, por Damages
Mariska Hargitay, por Law & Order: Special Victims Unit
Holly Hunter, por Saving Grace
Kyra Sedgwick, por The Closer

Melhor ator coadjuvante em comédia
Jeremy Piven, por Entourage
Kevin Dillon, por Entourage
Neil Patrick Harris, por How I Met Your Mother
Rainn Wilson, por The Office
Jon Cryer, por Two And A Half Men x (é o irmão! Ele interpreta, o Charlie só reorduz o que é na vida real)

Melhor ator coadjuvante em série drama
William Shatner, por Justiça sem Limites
Ted Danson, por Damages
Zeljko Ivanek, por Damages
Michael Emerson, por Lost x (é o Ben Linus....esse cara dá medo)
John Slattery, por Mad Men

Melhor atriz coadjuvante em série de comédia
Kristin Chenoweth, por Pushing Daisies
Jean Smart, por Samantha Who?
Amy Poehler, por Saturday Night Live
Holland Taylor, por Two And A Half Men x (é a mãe dos dois...a senhora detona!)
Vanessa Williams, por Ugly Betty

Melhor atriz coadjuvante em série drama
Candice Bergen, por Justiça sem Limites
Rachel Griffiths,. por Brothers & Sisters
Chandra Wilson, por Grey's Anatomy
Sandra Oh, por Grey's Anatomy
Dianne Wiest, por Em Terapia

Melhor reality show de competição
American Idol
Dancing With The Stars
Project Runway
The Amazing Race x (melhor programa de competição já feito)
Top Chef


terça-feira, 15 de julho de 2008

EXTERMINADOR DO FUTURO E JESUS

Tadeu, fiel membro da famiglia do consiglieri, conseguiu uma cópia de um filminho da Mad TV que eu já havia visto: Exterminador do futuro em A MAIOR HISTÓRIA DE AÇÃO JÁ CONTADA (existe um filme antigo sobre Jesus cuja tradução literal do nome A maior história já contada). Acho criativíssimo, bem bolado e mais: consegue brincar com a história de Cristo sem ser herege. É uma pena que uma das grandes piadas se perde na tradução, já que wise guy pode ser mago ou "metido a esperto". Divirtam-se!


domingo, 13 de julho de 2008

WALL•E

Dizer que Walt Disney revolucionou nossa maneira de ver desenhos animados é chover no molhado. Dizer que Hanna e Barbera (que quando crianças pensávamos ser uma só pessoa) popularizou o meio na TV também é ser óbvio. Agora é hora de colocar que a Pixar levou a linguagem para um passo além e nenhum outro estúdio (sorry Dreamworks) está aos seus pés!

WALL•E é o desenho animado que Chaplin faria hoje. Não sei se algum crítico disse escreveu isso, porque não li as críticas, mas muitos elementos do universo de sir Charles estão lá. O fato do filme ser praticamente sem diálogos, as gags visuais, o humor e principalmente a inabalável confiança no ser humano, não importa o quanto ele possa ser destrutivo fazem desta animação uma das melhores que eu já vi. Alguns podem rotular o filme como um libelo ecológico, outros como uma crítica à impessoalidade das relações online, mas para mim, a poesia de WALL•E está na valorização de um toque de mãos. Dos robôs aos humanos obesos, tocar é descobrir um novo mundo.

Tecnicamente, cenários, personagens e iluminação são perfeitos. O uso de músicas retrô mostra ser um recurso fantástico (a cena com La Vie en Rose é a grande prova disso) e a idéia de chamar Ben Burrt, o homem por trás dos barulhos de Star Wars, para sonorizar o filme é digna de um Oscar.

Há inúmeras referências a 2001, Uma Odisséia no Espaço; Blade Runner (os outdoors) e até Apertem os Cintos (o co-piloto chama-se Otto). Mas isso é para nerds como eu!

Assista o desenho até o fim dos créditos! Não, não há uma cena adicional ou algo assim (apenas o logo da BL (Buy n Large) lá no finalzinho). Preste atenção porém nos desenhos da recolonização da Terra, com estilos que vão do Paleolítico aos joguinhos dos anos 80, passando pelos afrescos romanos, renascença, impressionismo e muito mais, ao som de Peter Gabriel (ótima escolha para um tema de encerramento).

Definitivamente, WALL•E entrou para os meus Top Ten!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

BOM FIM DE SEMANA

COMO COMEÇAM OS TSUNAMIS:

















COMO COMEÇAM AS AVALANCHES:

5 sites legais e criativos para ver no fim-de-semana

  • Site da loja online da HEMA. Não faça nada. Clique e assista tudo, sem emxer em nada. É bárbaro!
  • Veja na Segunda Guerra. Como seria se a revista tivesse existido na época do grande conflito. Tremenda aula de história!
  • Já foi para NY? Pretende ir para NY? Este site de 2006 mostra onde se passa ou foi filmado cada grande obra cinematográfica na cidade!
  • Precisa calcular alguma coisa como reajyste de aluguel, converção de medidas, FGTS, etc etc etc. Tem de tudo no Cálculo Exato.
  • Vai redecorar a casa? Use o Floor Planner para planejar!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

O CONSIGLIERE RECOMENDA ....FILMES PARA VER A DOIS

Ciao bambino! Como estai? Hoje ouvi um comentário de una ragazza que disse que seu filho odeia quando ela pega filme açucarado. Sabe aqueles que a bambina de desmancha em lágrimas e você está mais pensando no resultado de Velo Clube x Bacabau direto do estádio Parque do Bacurau (si, isso existe, belo!)? Pois bem, aqui vai uma lista de pelicolas para ver com a goomah, que parlam de amore sem te encher os pacová, capici?

Simplesmente Amor: por que um wise guy como eu indicaria um filme que tem Hugh Grant, Rodrigo Santoro e Mr. Bean? Porque também tem Alan Rickman (o professor Snape), Emma Thompson, Liam Neeson, Colin Firth, Keira Knightley (de Piratas do Caribe) entre outras preciosidades inglesas. Várias histórias de amor se cruzam no natal na Inglaterra e o filme aborda as várias faces de amar: amor de amigo, amor platônico, amor obsesivo, amor traído, amor de infãncia etc etc etc. E, belo, a pelicolla é inglesa. E inglês não é piegas NUNCA. By the way, como dizem os súditos de sua majestade, Hugh Grant detona no filme.



A Princesa & o Plebeu: filme favorito de mia mama, traz a estonteante Audrey Hepburn e o sempre correto Gregory Peck num caso de amor improvável: uma princesa foragida e um repórter boa-vida. O filme e uma delícia, passado em Roma e te situações maravilhosas e um dos finais mais chocantes e emocionantes que você já assistiu. Para você ver que Oliúde sabia não ser óbvia quando queria. Foi imitadíssimo em Notting Hill com resultado muito aquém do original.





Nasce uma Estrela: aqui você pode escolher duas versões: a primeira com Frederick March e Janet Gaynor ou a segunda com Judy Garland e James Mason (musical, para falar a verdade). Nunca, em hipótese nenhuma, veja da terceira com Barbra Streisand e Kris Kristopherson. O enredo é sempre o mesmo, com uma atriz subindo na carreira se envolvendo e casando com um ator em decadência. O lance é que quanto mais ele afunda, mais bebe. Outro final maravilhoso!





A Princesa Prometida: um avô (Peter Falk, eterno Columbo) vai visitar seu neto doente e leva um livro sobre o romance de uma princesa e um pirata. Acontece que o bambino, geração videogame, não quer saber de beijos e coisas meladas e cabe ao nono apimentar a história com comédia, situações improváveis e ótimos diálogos. Uma frase do filme, "Hello. My name is Inigo Montoya. You killed my father. Prepare to die" entrou para as 100 melhores do cinema. Dirigido por Rob Reiner e música de Mark Knopler.




O Fabuloso Destino de Amelie Poulin: delicioso filme francês, dirigido por Jean-Pierre Jeunet (quem também fez Delicatessem e Alien, A ressurreição), com um visual fantástico, uma trilha envolvente e uma história para lá de fantasiosa, sobre Amelie, garota solitária e sonhadora que após achar uma caixa no seu apartamento começa a arrumar a vida dos outros. os efeitos especiais são geniais! E, dio mio, não tenha preconceito só porque é francês!



Harry & Sally: o melhor, mais engraçado, mais bem escrito filme sobre relacionamentos que já foi feito na história do cinema. Billy Cristal nunca esteve tão cara de pau e Meg Ryan tão simpática. O mais bacana é que o roteiro foi escrito em 6 mãos (por Nora Ephron, Crystal e Rob reiner - o diretor) baseados nas suas experiências na relação homem-mulher. Todo entrecortado por depoimentos reais de casais velhos (que depois foi imitado na propaganda da Brastemp, a do sofá), tem muitas cenas feitas de improvisos. Inclusive a mais que famosa e inesquecícel cena do orgasmo no restaurante. Compre e assista várias vezes.


Ainda na lista podemos colocar Antes do Amanhecer e Antes do Entardecer, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança e O Beijo Roubado (já comentado aqui).

Mas se aquele amigo seu, que acha que pelicolla boa é aquela que tem um arsenal digno do governo Bush, disser que filme romântico é para quem apanha de mulher, me avise. Meus associados vão apresentá-lo para uma ótima obra cinematrográfica: AMORES BRUTOS.

Arrivederci!

terça-feira, 8 de julho de 2008

BOM FERIADO DE 9 DE JULHO!


(COMO PODE?)

FALTOU ALMA NO SPIRIT (UM TROCADILHO IDIOTA)

Postei em certa feita, no meu antigo blog, sobre o desenhista e roteirista de quadrinhos Darwyn Cooke, um dos melhores que surgiu na nova safra (leia meu post aqui). Cooke, graças a seu traço retrô, ganhou a benção do deus das HQs Will Eisner para dar continuidade a um personagem há muito esquecido: The Spirit.

Já que você, provavelmente, não sabe do que estou falando, então vamos lá: Will Eisner foi o Sheakespeare dos quadrinhos. Criou o Spirit na década de 40 (um detetive dado como morto, daí o nome), desenhou manuais para o exército na Guerra da Coréia (tenho um amigo que tem um desses, que ensina como montar e fazer manutenção numa metralhadora) e na década de 80 criou e batizou a Graphic Novel, quadrinhos mais intimistas, mais trabalhados, com melhores roteiros, ou seja narrativas gráficas. Fez algumas maravilhosas como O Edifício, Pequenos Milagres e, o best of the best Um Contrato com Deus. Sua importância é tão grande que virou nome de prêmio nessa arte. Tive a chance de assistir uma palestra dele no MIS em 1986 e ainda por cima conversei com o figura!

Voltando ao Cooke, seu traço é perfeito. Parece que vemos Eisner (já morto) reencarnado no artista. Faltou porém história e ousadia. Porque os enredos originais do personagem, aqueles antigos, eram surreais, agitados, algumas vezes sem pé nem cabeça. O de Darwyn é certinho. Parece uma história do Batman. As vilãs era amorais e mesmo assim você as adorava. Cooke já justifica porque P´Gell, uma das mais famosas sedutoras dos quadrinhos, é má. Faltou a ousadia que Eisner colocava na diagramação das páginas. Quadrinhos que invadiam outros, páginas sem quadrinhos etc. Na nova versão, tudo é bem quadradinho. E ainda, Eisner inseria o nome do SPIRIT naturalmente no primeiro quadrinho. Cooke forçou a barra para fazer isso. Enfim, uma decepção.

Em breve vcê vai ouvir falar MAIS de Spirit, já que outro mestre das HQs, Frank Miller (aquele que renovou Batman, desenhou e co-dirigiu 300 de Esparta etc.) está filmando o personagem aos moldes de Sin City (também sua obra). Aliás, não curti Sin City, o filme. Reproduzir a linguagem dos quadrinhos exatamente igual nas telas, na minha opinião, não funciona. Mas isso é papo para outro post.

Abaixo, o Spirit de EiSner (note que o nome do personagem está caindo na sarjeta), o Spirit de Cooke e o cartaz do filme.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O QUE VI NA SEMANA PASSADA

HOUSE 4a.TEMPORADA: Consegui toda a quarta temporada de House, série que aprecio muito e vi os malabarismos que a equipe criativa faz para que a coisa não caia no lugar comum. Na 1a. temporada somos apresentados para o médico mais antipático domundo, na segunda vimos sua guerra com o administrador do hospital, na terceira sua guerra com um policial que o acusa de traficante de drogas por causa dos comprimidos de Vicodin estocados no seu apartamento e finalmente vemos a quarta com House sem sua equipe (todos se demitiram). A idéia de brincar com reality shows na escolha dos novos assisitentes foi brilhante. Os concorrentes perfaziam um desfile de tipos esquisitos e tão ou mais sacanas que o próprio House. O humor cáustico também foi fartamente explorado. O que me impressiona em relação os seriados americanos é que eles SABEM terminar uma temporada. Os dois últimos capítulos foram sensacionais, prendendo o espectador ao extremo. E agora vamos ver como será a quinta temporada. Será que House vai perder seu Watson? Será que Wilson vai tratá-lo de outra maneira?

DA TERRA NASCEM OS HOMENS: classicásso de 1958 com Gregory Peck, Charlton Heston, Jean Simmons e Carroll Baker. Peck faz uma capitão de navios do leste que vai ao oeste casar-se com a filha mimada de um rico estancieiro. E aí vem o choque entre as culturas dos broncos cowboys e o educado cavalheiro. O filme é uma delícia de se ver, especialmente quando Peck mostra que você não precisa provar para os outros que pode ou sabe fazer alguma coisa e sim você precisa provar a si mesmo ( a cena do cavalo é impagável). Outra grande coisa é a economia de diálogos. Será que o mundo mudou tanto que TUDO precisa ser explicado? Em 1958 dois personagens trocam olhares e você SABE o que eles estão querendo dizer. E quando falam, meu Deus, você nota que houve um tratamento de diálogos. Nada é óbvio. Também destaco aqui o personagem de Burl Ives, um fazendeiro grosseiro mas extremamente honrado, inimigo do sogro de Peck. Você urra com as frases dele. O mais engraçado é que o ator que faz o filho dele era apenas 11 anos mais novo que "o pai". E mesmo com a maquiagem precária da época, você não nota o detalhe. Em tempo, a direção é de William Wyler que fez Horas de Desespero, A Princesa e o Plebeu e Ben-Hur!

KUNG FU PANDA: Bonitinho. Engraçadinho. Mimoso. Mensagem edificante. Só que com um visual maravilhoso. O traço da abertura é de impressionar qualquer artista. As vozes de Dustin Hoffman como o mestre e Ian McShane como o vilão são bárbaras (Jack Black, para variar, é chato e Angelina Jolie é dispensável - NESTE CASO DA ANIMAÇÃO, POR DEUS!). Também gostei bastante de como eles conseguiram zombar com os clichês de filme de lutas marciais. A música de Hans Zimmer (que fez a maravilhosa trilha de Gladiador) também ajuda bastante. Enfim, melhor que Era do Gelo, pior que os da Pixar.

Falhou

Caros,

Com o pau da Telefônica, fiquei sem postar e aí veio o finde, portanto voltamos às nossas atividades normais esta semana.

A Gerência

quarta-feira, 2 de julho de 2008

ENFIM, UMA INSPIRAÇÃO!

Ao contrário da semana passada, em que postei (muito) quase todos os dias, chegamos na quarta e eu não havia conseguido escrever uma linha. Total falta de inspiração.

Acontece que hoje, 02 de julho, Ingrid Betancourt (e mais 14 pessoas) foi libertada, finalmente, das mãos da FARC. Foram 6 anos presa nas mãos de idiotas que, sob uma bandeira política falsa, praticam crimes contra o estado da Colômbia e contra quem vive lá.

Não sou o homem mais religioso do mundo, mas vale uma oração a ela e a seus familiares. Que o resto da vida dela seja abençoado.

Amanhã volto a postar, ok?