sábado, 24 de maio de 2008

Indiana & Verdoux




Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal: depois de 19 anos de ausência eis que surje ele com seu indefectível chapéu e chicote mas com o peso de idade nas costas. Sim, Harrison Ford está velho. Eu, pelo menos, estranhei bastante ver Indi com cabelos brancos. O filme, porém, é divertido, ágil e com o mesmo espírito de sessão da tarde de sempre. Spielberg e Lucas brincam com 3 grandes ícones dos filmes de aventura dos anos 50 (o filme se passa em 57): comunistas maus - embora a personagem da Cate Blanchet tenha quase um respeito admirativo pelo arqueólogo, ETs e Bomba atômica. Ponto alto é a perseguição de carros na floresta amazônica. Ponto baixo, a falta de sinergia entre Harrison Ford e Shia LeBeouf. Forçassão de barra que nem James Bond faria: a cena da geladeira.




Monsieur Verdoux: do outro lado do ringue, o primeiro filme de Chaplin após abandonar o manto do vagabundo. De 1947, ele faz um frio e cínico matador de mulheres ricas. Seu pretexto: Ter sido demitido de um banco, na época da da grade depressão, depois de 30 anos de serviço. A idéia do filme veio de Orson Welles que queria filmá-lo com Chaplin no papel principal. Mas o comediante tinha sua maneira de ver a história, comprou o argumento de Welles e chocou o mundo. Filmado ao mesmo tempo em que Chaplin era perseguido nos EUA acusado de comunismo, o filme foi tachado de ateu, agressivo e violento. Assitindo agora vemos que é mais um libelo contra a violência, grande luta do diretor. A quantidade santifica - diz Verdoux. Ao matar poucas pessoas ele é chamado de monstro. Ao matar milhares - na guerra - uma pessoa é chamada de herói.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tenho assistido muita coisa baseada no teu consiglio... mas agora fiquei na mão!
Para Indiana Jones vc cita que: "O filme, porém, é divertido, ágil e com o mesmo espírito de sessão da tarde de sempre"... pelo "porém, vale na telona ou espero DVD?