segunda-feira, 4 de agosto de 2008

PLAYBOY: A MORTE DE UM CONCEITO

Há 55 anos, surgiu uma revista para quebrar a moral americana e mudar a maneira que o estadunienses tinham de encarar sensualidade. Em 1953, apareceu nos EUA, a revista Playboy, criação de Hugh Hefner. Foi a pioneira em nus femininos com classe e trazia em suas páginas renomados jornalistas, escritores, ilustradores e artistas plásticos (até Salvador dali colaborou em um ensaio). A primeira edição estampou a diva Marilyn Monroe na capa e não tinha número. Hefner não sabia qual seria a reação do público e não arriscava, ainda, transformar o periódico em mensal. Foi um sucesso e deu no que deu. Nesses meus vai-e-vem pela internet, consegui um arquivo com as capas de edições antigas e me surpreendi. Havia um conceito por trás de cada capa, algo que remetia a um estilo de vida cheio de glamour. E é lógico que isso envolvia mulheres maravilhosas, mas, por essas capas, não pareciam ser o mais importante.
Tente comparar as imagens abaixo com o que temos, desde 1975, no Brasil (clique aqui) e mesmo com as capas das edições gringas (clique aqui). O que se perdeu?
O mundo mudou, sabemos disso. ESTILO hoje é o que aparece na Caras. Perdemos a classe e ganhamos em ignorância. Tornamo-nos trogloditas, viviados em bundas perfeitas e peitos turbinados. Nosso sonho de consumo é uma ex-BBB ou uma atriz da Globo? Ou seria a ex-amante de um senador? Pior, uma mulher-melancia! Obviamente a imprensa seguiu esse caminho também e as revistas, até mesmo uma revista como Playboy, perdeu sua classe.
Mel Brooks em uma entrevista para a própria Playboy na década de 60, disse que consideraria a revista legitimamente erótica somente se ela mostrasse as meninas de lingerie. Porque assim, despertaria mais o desejo de vê-las nuas. O cara é um grande comediante. Só que não acho que isso foi uma piada. O que você acha?



E A MELHOR DE TODAS, NA MINHA OPINIÃO:

4 comentários:

Marcelo Tadeu disse...

Com certeza não foi uma piada!!!
Eu diria a mesma coisa!... você acha que isso foi uma piada?

Anônimo disse...

Acho que... muita explicidade perde a graça. Assim como um jantar à luz de velas e depois um bom cineminha agarradinhos é melhor do que simplesmente o ato tal como cumprimento do dever. É mais bonito e agradável uma cena, foto ou imagem bem trabalhada, com luz, cenário, pose, ambiente bem trabalhados do que a apresentação nua e crua, como carne pendurada em açougue. Mas... tal apresentação, a do açougue, tb é reflexo do que a própria sociedade deseja e pede... senão tais mídias estariam em outro viés.
Johnny (isso pode me comprometer, hahaha!!)

Lou disse...

Se comparar especificamente com a capa da Playboy da Mulher Melancia... ficamos sem palvras!!!

Marido, assisti o Batemão essa semana! Mto bom... saudades! Beijokas

FlaM disse...

bárbaro, cláudio! Impressionantes. Concordo com sua preferência, embora ache mais sensial aquela do olho espiando sobre a ondulação do cabelo.
Parabéns pelo post! Belíssimo!
bj, f